sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Nova administração da Funtelpa



Forte atuante no campo cultural, a Rádio e a TV Cultura serão estratégicas para observar quais rumos o novo governo do Estado tomará. Nomeada para a presidência da Fundação de Telecomunicações do Pará - FUNTELPA, Regina Lima, que também é professora do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Pará - UFPA, tem na cultura e na política os meios que norteiam sua vida desde os tempos de movimento estudantil. Uma das fundadoras do centro estudantil de comunicação social - CACO, é doutora em Sociologia da Cultura e coordenadora do laboratório de Comunicação e Política do curso. A seguir, uma entrevista concedida por ela, em que deixa claro: educação será a prioridade da fundação.


Controversus - A que você atribui a escolha do seu nome para assumir a coordenação da Funtelpa (Fundação de Telecomunicações do Estado do Pará)? E quais os objetivos da tua gestão?

Regina Lima - Acho que a escolha do meu nome se deve até por ser uma pessoa da academia. Da possibilidade de fazer um trabalho muito mais educativo, muito mais voltado pra comunidade, onde todos os setores vão ter o mesmo peso lá dentro.

Não me arvoro a dizer nada pra provar se vou ser boa lá dentro e nem preciso. Isso é estar descaracterizando quem passou por lá. Como já diziam nossos bons e velhos historiadores: a tua história, a tua ação é que vai dizer como você foi ou não, até porque o tempo vai dizer se fiz ou não fiz uma boa gestão. Eu não preciso denegrir a imagem de alguém pra me mostrar como boa. Eu acho que só vamos conseguir mostrar a cara do que a gente quer daqui a uns 3 a 4 meses. Antes disso, para mim é precipitação.

Eu estou lá por um compromisso e vou fazer da melhor maneira que puder e me for permitido fazer. Mas vou com um objetivo muito grande: o de usar a Funtelpa, num bom sentido, não de uma maneira maquiavélica, para que ela possa disseminar essas coisas. A minha preocupação maior e criar na Funtelpa uma estrutura, para quando eu sair ela já tenha uma estrutura consolidada.

A Funtelpa tem 30 anos e está essa esquizofrenia no seu corpo funcional. Se eu conseguir regularizar essa situação, isso já é um ganho enorme. Se eu conseguir dar uma cara pra Funtelpa, que não seja essa noção de bricolagem e de pulverização que ela tem hoje, que fica a critério de cada gestor, que atenda às áreas que são prioritárias do ponto de vista da sociedade, trabalhando em conjunto para atender essas questões.
É claro que não vamos resolver o problema do mundo, mas que pelo menos os setores da diversidade cultural do estado se vejam representados na programação dela. Isso é trabalhoso, não vai ser fácil e provavelmente não vai ser feito em menos de um ano.

ControversusComo funciona o convênio que foi estabelecido entre o Governo do PSDB e a TV Liberal (afiliada da Rede Globo no Pará)?

Regina Lima - Foi um convênio que foi feito ainda na época do Hélio Gueiros quando era governador e quem estava na Funtelpa eu acho que era o Francisco César.

O convênio diz o seguinte: a TV Liberal vai usar as redes de transmissão da Funtelpa com a possibilidade de propaganda nesses espaços e a TV Liberal veicula via as transmissões, isso é uma coisa do contrato. Esse contrato já está com uma ação popular correndo na justiça, sendo que semana passada o procurador deu um parecer constatando a ilegalidade do convênio.
O convênio terminaria o prazo dia 31 de dezembro. No dia 31 ainda, o Ney Messias Jr. fez um termo aditivo. Esse termo, que é o 14º, prorroga esse convênio até o final desse ano, ou seja, prorrogou o convênio por 12 meses.

Uma coisa é a ação popular que já está correndo há muito tempo. Foi essa que o procurador deu o parecer alegando a sua ilegalidade. O que a Funtelpa fez? Quando esse termo aditivo chegou às minhas mãos, qual foi a primeira providência? Mandar o setor jurídico dar um parecer a respeito do termo aditivo. Primeiro para ver a legalidade dele (ou seja, ele tinha condições de ser feito?

Porque havia uma determinação na época da transição de que todos os convênios fossem prorrogados no máximo por 90 dias), depois que o setor jurídico da Funtelpa deu esse parecer, nós mandamos um ofício para Procuradoria Geral do Estado pra que ela avalie do ponto de vista legal se poderia ter sido feito isso. Resumindo: o que nós estamos fazendo hoje? Estamos esperando esse parecer da procuradoria pra ver o que ela vai falar a respeito desse contrato. Não adianta, convênio, contrato você tem que discutir com base legal.

Controversus - Falando em fim de contrato, em nova gestão... Como é que tu encontras a Funtelpa hoje?

Regina Lima - A Funtelpa do ponto de vista estrutural é uma empresa que não é grande, ela não é nenhuma secretaria tipo Seduc (Secretaria de Educação do Estado do Pará), ela é pequena se comparada às grandes empresas, mas em compensação ela está cheia de problemas. A Funtelpa tem hoje a questão dos trabalhadores. Até 95, a Funtelpa era tida como uma fundação privada, tornando-se pública só em 2005. Sendo pública, ela passa a ter um regime estatutário. Mesmo sendo uma fundação estatutária, o regime dos funcionários ainda está delicado, porque ela tem poucas pessoas que são “ceelitistas”* estáveis, ela tem um número razoável que são pessoas ceelitistas não sendo estáveis e tem um conjunto de temporários.

Na gestão passada, para começar a regularizar a situação da Funtelpa, realizaram um concurso público. A idéia é chamar as pessoas do concurso e ir regularizando a situação funcional da Funtelpa. Isso é um problema que vai levar tempo, ninguém vai fazer isso da noite pro dia. Aí você começa a sanar as questões funcionais. Agora isso vai ser devagar, estamos lidando com pessoas. Hoje são 506 funcionários na Funtelpa nas situações mais diversas possíveis.

É provável que ações que se façam ali não tenham essa carga de visibilidade tão grande, mas ela vai mexer com a auto-estima do funcionário. Há doze dias que nós estamos lá os funcionários estão sugerindo coisas. Eles já me entregaram um monte de projetos, ou seja, estamos valorizando o funcionário. Investiu-se muito na imagem da Funtelpa lá fora, mas se fez muito pouco por aquilo que é interno.
*Clt- regime trabalhista de empresas privadas

Controversus - Existem projetos a ser implementados agora no início da gestão?

Regina Lima - Estou mandando fazer um levantamento para saber todo o arquivo de imagem e de áudio que a Funtelpa tem. A quantidade de coisas que pode se fazer com esses materiais são infinitas. Não se tem um mapeamento do que existe lá de imagem, de áudio etc. Ali tem um material precioso. Nem tudo aquilo que é visível é o ideal. Muitas vezes existem coisas que não são tornadas públicas e que é um trabalho interessante.

A Funtelpa tem história, vai muito além desses 4 anos que foram maravilhosos. Tem um arquivo que é uma coisa de louco e ele não está todo digitalizado, correndo o risco de se perder daqui mais uns dias. Então eu estou correndo agora com um projeto pra ver se eu acho patrocínio pra mandar digitalizar todo o material da rádio e da tv.

A primeira coisa que eu acho interessante é levantar esse material e começar a produzir a partir desse material que se tem lá, uma publicação sobre a Funtelpa, tornar aquilo um documentário, até criar um museu da Funtelpa. Tanto que em março agora, vai ser aniversario de 30 anos da fundação e 20 anos da (rádio e Tv) cultura, então estou mandando fazer uma publicação... dos melhores momentos nesses 30 anos da fundação na rádio e na TV que vai ser lançado em março.


Controversus - Nos últimos quatro anos a Funtelpa deu uma reviravolta na sua programação, no incentivo dado à produção local, cultural em todos os sentidos. Ocorreu uma valorização de ritmos musicais que não eram nunca colocados na programação da cultura, como o “brega”. A programação também se tornou mais acessível à população. Como você analisa isso?

Regina Lima - Uma coisa é certa: eu não tenho essa avaliação perversa de dizer ‘eu tô assumindo então vou negar tudo o que foi feito pra trás porque eu vou fazer coisa melhor’. A proposta inicial é que aquilo que está lá dentro que deu certo vai permanecer, não tem sentido você tirar só porque você está entrando, é uma outra gestão. Acho que a Funtelpa, (e falo isso um pouco até de cadeira porque eu trabalhei na Funtelpa) sempre foi um lócus onde a cultura local sempre foi trabalhada.

O que a gente pode dizer é que nesses quatro anos a visibilidade desse trabalho se tornou maior. Talvez até porque as pessoas que tenham passado por lá, (eu não estou dizendo que foi isso, pode ser) fizessem esse trabalho e não tiveram a preocupação de tornar isso público, visível. Por isso que o setor de marketing hoje na Funtelpa foi um setor que foi investido, porque é esse setor que cuida primeiro de captação de recurso externo e trabalha com essa noção de visibilidade da própria instituição. Esse investimento foi muito grande.

Sem dúvida nenhuma, o setor que nesses 4 anos a Funtelpa investiu teve uma visibilidade. A questão do campo artístico, os shows, eu acho que isso é legal, mas eu acho que cultura não é só isso. Cultura passa por uma adoção muito mais ampla. Se me perguntares o que mudou na Funtelpa, não mudou ainda nada, a programação está como ela é, porque eu não quero cometer a insanidade de chegar lá e ‘tira o programa tal porque eu não gosto’, nós estamos fazendo um mapeamento da programação pra ver se aquela quantidade de programas que tem lá atende a essa visão de cultura mais ampla.

Aquilo que é bom permanece e aquilo que não é atendido pela Funtelpa, como a educação, por exemplo, a gente vai dar prioridade. Não sei se por conta da minha origem, por eu ser da academia talvez eu tenha um interesse maior nessa questão da educação, mas cada gestor marca ou cria a sua marca a partir da sua própria origem.

Ontem o secretário de educação já foi lá comigo e se colocou a disposição da gente para parcerias que a Funtelpa quiser fazer com ele. Vou fazer coisas pela sociedade que talvez nem ela saiba que está sendo beneficiada com isso. E sem precisar fazer às vezes muito estardalhaço. É aquele trabalho mais lento, mais ‘de formiguinha’, mas que vai atender uma comunidade maior.

Vamos fazer um planejamento estratégico agora essa semana para traçar qual é a linha que nós queremos imprimir na Funtelpa, que é uma linha que tem está sintonizada com o governo. O governo não no sentido da interferência dele na fundação, mas sintonizada naquilo que estão chamando de um governo popular. Qual é o meu público-alvo? É a comunidade. Então tudo que for bom pra comunidade é aquilo que vamos trabalhar. Pode ser até que aquilo que é bom pra comunidade não me dê a visibilidade que eu poderia ter, mas pelo menos eu vou estar prestando um serviço, que eu acho que é esse o papel da Funtelpa.

As poucas vezes que eu tenho falado, eu tenho dito isso. As pessoas têm que ter claro o que é comunicação pública e qual é o papel da Funtelpa nesse processo. E comunicação pública não é comunicação governamental, é comunicação estatal. Aí é que está a diferença. Você não pode entender a Funtelpa como um desses veículos de comunicação pública que funcionam como se fosse um braço do governo. Ela é do Estado, e não de quem está no governo. Tem que ter uma política muito séria de informação pública. Informação pública não significa nem colocar demais e nem de tirar, mas ter uma racionalidade de entender que e pauta da Funtelpa é tudo aquilo que é de interesse público.

Vai ser difícil fazer isso pela própria cultura da Funtelpa ao longo desses anos. Por exemplo: até você dizer pro pessoal do Sem-Censura que eles não precisam necessariamente falar só do factual, que eles podem vir aqui na universidade e levantar um monte de trabalho que está sendo feito na comunidade. Nós temos um monte de pautas que estão circulando no estado e na cidade e isso também é de interesse público. Tem ações que uma série de instituições fazem que podem ser pautas sem ser factuais. Pra transformar esse palco vai ser difícil, porque existe o costume de trabalhar com o factual.

Controversus - A campanha da Ana Júlia já vinha falando que ia olhar mais para aquelas áreas que são pouco observadas, como o sul e o oeste do Pará. Isso também vem se demonstrando na própria Funtelpa agora com o novo governo. Na tv cultura e na rádio cultura se privilegiava uma cultura que se diz ser uma “cultura paraense”, mas que na verdade é uma cultura ali do Marajó, daqui do nordeste do Pará. Acredito que essas pessoas que moram nessas outras regiões se sintam um pouco desprestigiadas por causa da falta de atenção a essas culturas que existem em outras localidades...

Regina Lima - Temos que ter claro algumas coisas. Isso não é papel da Funtelpa. Ela tem o nome de Tv Cultura, mas quem cuida disso é a Secretaria da Cultura, que vai ter que fazer um planejamento bem amplo pra que se faça esse trabalho de inclusão dessas comunidades que sempre foram alijadas desse processo.

A Funtelpa é um órgão de comunicação, através do portal da rádio e da tv. Acho que é possível você elaborar programas e documentários que atendam a essas carências que estão aí pulverizadas no social. Se eu criar um programa pra cada comunidade que ta aí como é que vamos trabalhar? Há que ter a preocupação de um programa que atenda a essas carências e dificuldades diárias, ou de comunidades que estão isoladas, mas isso dentro de uma programação, não precisa ter um programa especifico sobre ela, que pode estar incluída dentro desse programa. O que me preocupa às vezes é isso, as pessoas acham que incluir é criar um programa específico sobre determinada coisa. Às vezes tu podes fazer um programa para que trabalha com agronegócio, etc.

Controversus - E os festivais de cultura que existiam na gestão do Ney Messias Júnior? Tinha aqui em Belém e, no máximo, ia pra algodoal, ou seja, ficava nessa região aqui. Não seria possível estender esses festivais pra outras regiões com o apoio da Secult?

Regina Lima - Quem tem a responsabilidade de fazer esses festivais não é nem a Funtelpa, é a Secretaria de Cultura. A Funtelpa entra como apoio a isso. Eu não estou dizendo que vou acabar com a política dos festivais, até porque têm uns que são pontuais. Aquilo que já está na programação da Funtelpa que é anual vai ser mantido. Nós entramos como parceiros da Secretaria de Cultura dizendo que nós vamos pra lá, produzimos, divulgamos ao vivo de lá, podemos produzir um documentário, etc. Aí cabe a gente, mas não cabe a Funtelpa estar fazendo um monte de festival mundo afora.

Controversus - Com relação a essa necessidade de produzir pra essa diversidade que existe no próprio estado... Sabemos que a mídia ajuda na construção das representações sociais numa época contemporânea, então considerando que ainda existe quando se fala de cultura paraense....a Funtelpa tem esse papel.

Regina Lima - Ela tem, mas nós temos que ter muito claro o que entendemos por cultura. Há que se ter opções, mas opções que sejam representativas da sociedade. Temos que definir o tripé. Vamos supor que a gente decida por educação, cultura e saúde, esse e o tripé que agente vai trabalhar. Então como é que os programas que já estão aí se encaixam dentro desse tripé? Eles atendem a questão cultural? A questão da saúde? E aí que vamos começar a rever essa programação. Então precisamos definir uma linha bem clara, bem específica sobre isso.

Controversus - Falando em educação, como vai ficar a relação da Funtelpa com a produção acadêmica, aproveitando que a tu tens essa origem universitária e a gente acredita que vai ter essa relação maior?

Regina Lima - Entendo educação como um todo em que a universidade é uma parcela dentro desse contexto educacional. Então a idéia é fazer com que a Funtelpa também tenha esse compromisso com a questão da educação, não que ela não tivesse, mas ela vai ter uma linha mais clara sobre educação. Pra isso é preciso fazer uma ação que envolva não só a (universidade) federal, mas que envolva a Uepa (Universidade do Estado do Pará), que envolva a Seduc (Secretaria de Educação do Governo do Estado), a Secretaria Municipal. Eu acho que é compromisso, não é o meu compromisso de estar lá. Posso ficar um ano, dois, três... sei lá quanto tempo, vai depender, mas é um compromisso com a educação.

Controversus: Então tu vai estar abrindo espaço pra produções que não sejam necessariamente da Funtelpa?

Regina Lima - Não, pelo contrario. Pode-se fazer uma parceria aonde as universidades num conjunto possam ter um programa sobre a educação, por exemplo. E não precisa ser só a federal, porque não quero ser demagoga e dizer que eu vou favorecer só a federal. Tenho uma preocupação maior com a educação. Então vão ser esses setores que trabalham com educação que serão convidados e a abriremos espaço pra que eles possam trabalhar a questão educacional. Fora isso tem a educação à distância que a Funtelpa tem a possibilidade de encaminhar.

Controversus - Como é que avalias o espaço dado ao jornalismo dentro da rádio e da tv Cultura, porque já falastes que não queres mexer radicalmente na programação...

Regina Lima - Não quero mexer de maneira precipitada. Só vou mexer depois que tiver um mapeamento disso tudo, porque não quero chegar lá e correr o risco de fazer de uma maneira irresponsável. Pelo contrario, quero olhar a programação com calma. É uma fundação de telecomunicações. Ela tem que ter programas, mas ela também tem que ter um investimento muito grande no seu setor informativo. Não estou preocupada se vamos competir com quem quer que seja, porque isso é o que menos interessa: a competição pura e simples. Se tivermos que competir, vamos competir pela qualidade e investimento nessa área. O jornalismo é uma área, eu não posso te falar com toda a certeza, mas o investimento nele foi muito mínimo em relação à questão da produção. Não quero dizer que agora vou parar a produção e investir no jornalismo, mas acho que podemos equilibrar as coisas. Pode ter um investimento tanto no jornalismo quanto na produção, e que os dois tenham qualidade. E volto a te dizer, só vou poder definir isso depois que acabarmos esse planejamento que vamos fazer. O planejamento requer levantamento.

Controversus - Regina, você falou em investimento humano, investimento no quadro funcional, ta entre os teus planos investir em tecnologia?

Regina Lima - Isso que é mais complicado na Funtelpa, ela tem um quadro funcional com mais características de empresa privada e ela tem um desempenho que é publico. Estou analisando a necessidade de cada setor e o que precisa pra melhorar. Aí é botar a pastinha debaixo do braço e sair pra barganhar e barganhar. Não é só com o governo, com a governadora. Ela vai entrar ou pode entrar, mas eu também posso fazer parcerias. Pretendo resolver esse problema de equipamentos com parcerias, com permutas, com trocas. São esses caminhos que o planejamento vai tentar apontar.

Vou ter um quadro de tudo pra botar a Funtelpa trabalhando com qualidade. Por exemplo: o setor técnico está precisando de computadores, eu tenho que ter um levantamento de custo, eu só posso negociar depois que tiver esse levantamento. Aí vamos correr atrás. Posso prestar um serviço a uma secretaria e ela, ao invés de me pagar com dinheiro, pode me pagar com equipamentos. Mas uma coisa é certa, nó vamos buscar todas as formas possíveis de parceria pra tentarmos sanar alguns problemas que a Funtelpa tem hoje.

Temos um problema muito sério que e o dial das tvs públicas. Temos um dial baixo, que é o 2, onde o sistema de captura e complicadíssimo. Podem reparar, tentem sintonizar a Funtelpa na casa de vocês, ela e péssima. Confunde o áudio com a imagem. Até isso temos que ver. A maneira para melhorar esse sinal, etc. Também não adianta investir internamente em qualidade se o dial é complicado. Vamos tentar fazer um investimento inicial em tecnologia lá dentro, mas também precisamos fazer um movimento paralelo de melhorar esse sinal. Não adianta a boa qualidade de produção da Funtelpa se a recepção desse material é péssima. São varias ações que tem que se dar de uma forma simultânea. A Funtelpa tem um orçamento, mas não é um orçamento que dê conta.

Controversus

Um comentário:

Laboratório Jornalismo Digital UFPA disse...

Pessoal.
Muito bom. Porém, acho que o texto precisa de uma revisão final. Também podemos colocar um negrito nas perguntas e dar espaço de uma linha entre os parágrafos (isso ajudará a deixar a página mais leve).

Para melhorar a relação do texto com a foto, sugiro que na reedição da postagem dêem quantos espaços de linhas forem necessários até que o parágrafo principal do texto desça e se encaixe embaixo da foto. A imagem está muito grande para deixar o texto correr pelo lado, sí resta uma tripinha de texto - uma outra solução poderia ser diminuir a foto, se quiserem continuar com a idéia.

Também vejam se conseguem, nas opções do blog, abrir para postagens de comentários sem que se peça login de usuário. Fica mais aberto e todos os leitores podem dar opiniões com mais liberdade.

Ao final da entrevista, sugiro que postem aqueles players de áudio com quatro ou cinco dos tópicos mais fortes que ela trata. Será um efeito legal permitir que ouçam da própria Regina algumas de suas opiniões sobre alguns dos pontos aqui tratados.

Abraços a todos
Lázaro M. - Lab. de Jornalismo Digital e Novas Mídias da UFPA