quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Janelas de Belém


Da minha janela eu vejo
A manga caindo
A chuva chovendo
E o rio passando

Da minha janela eu saio
Domingo na República
Tomo água de coco na Batista Campos
E vejo pôr-do-sol na Estação

Da minha janela eu aprecio
Peixe com açaí no Ver-o-Peso
O tacacá da “tia”
E de noite, o sanduíche da esquina

Da minha janela discordo
Do papel jogado no chão
Das faltas de lixeira
Das calçadas quebradas e do esgoto sem solução

Da minha janela eu olho
As ruas da Pedreira
Do Sacramenta ao Nazaré
As bicicletas no trânsito, e o povo andando a pé

Da minha janela escuto
O revoar dos pássaros
A buzina dos carros
E o tocar dos sinos

Da minha janela eu rezo
Ao chegar do Círio
Ao passar da Santa
E ao nascer do sol

Da minha janela eu vejo
É Belém
Ah, minha terra
Como te quero bem!

Fabíola Corrêa