Ás vezes penso que Lygia está me deixando doida. Mas não era a própria vida que andava me enlouquecendo? Então paro. Olho-me no espelho, afundo as mãos no cabelo e acabo deixando tudo pra lá, como sempre. Andava me confundindo perigosamente com suas personagens. Misturava-me com seus pensamentos e acabava engendrando uma lógica não minha de raciocínio. Já fui Ana Clara, Lia de Melo Shultz, até aquelas que não mereceram um nome. Mas a que mais se perde em mim – ou eu nela? – teve um: Lorena Vaz Leme. Uma menina alegre, leve, de passos flutuantes, que procura sempre a beleza das coisas, enfim... encantadora. Posso perceber cada passo da metamorfose e ainda assim de repente não sou mais eu quem segura o livro, mas alguém que não reconheço, alguém que estranho. Quando o fecho, o retorno à minha consciência.
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