terça-feira, 20 de março de 2007

Pelos palcos da vida


Que abram as cortinas e comece o espetáculo
Uma apresentação cheia de encanto
Os atores nos convidam a assistir
Um show no teatro

São muitos os palcos
Reverberando diálogos entre o ruidoso silêncio da platéia
Observadora, atenciosa
Cheia de expectativas

Essa história é cheia de estórias
Mudam-se atores, teatros e figurinos
O protagonista continua lá
A dizer, e a pensar

O que dizer?
Com quem contracenar
Quem sai pode não mais voltar
Mas há surpresas

Novos personagens surgem no percurso
Entre atos, diálogos
Tristezas, decepções?
Alegrias

Alegria por estar aqui e acolá
Proclamar idéias
Interpretar tipos
Ser um tipo

Não precisa pagar ingresso
A quem interessar
Há muitas marcas
No chão e no coração

É um longo caminho
Um monólogo, por vezes
Um grupo, por outras
A si dialogar

Ele está lá
Olha, não opina
Deixa que cada um reja a orquestra
O ator agradece

Há muitas luzes
Todo um colorido
De repente... preto e branco
Acabou?

Não, é um novo começo
As luzes demoram a apagar
Àqueles que sabem guiar
A sua encenação

Qual o roteiro?
Cada dia é um dia
Até que um dia
As cortinas se fecham.

Fabíola Corrêa

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