Desde a infância, as mulheres foram educadas e até persuadidas a esperar por um conto de fadas com direito a príncipe encantado daqueles que chegam na hora certa com uma atitude heróica acabam com os problemas e transformam positivamente a vida delas, um príncipe tão perfeito que em alguns momentos até se confunde com super herói, já que beijos com poder de ressuscitar e sapos que podem se transformar em homens maravilhosos, são inegavelmente super poderes!
Assim, crescem aguardando ansiosamente o momento de encontrar o príncipe encantado, de viver o conto de fadas, o final feliz... Mas infelizmente a maioria das histórias não tem roteiro bem escrito ou final cinematográfico. Então conhecem a desilusão, a dor e a frustração de acreditar... Seja em conto, fada, amor ou em alguém específico.
Ser mulher é sempre mais difícil e doloroso, pois é o sexo erroneamente denominado de frágil que agüenta as maiores dores. Até biologicamente falando, a mulher é mais forte, agüenta dor da cólica, da primeira transa, do primeiro filho... Agüenta dor de amor, dor de cotovelo, dor de ego ferido.
Amor de verdade é tudo que uma mulher quer e passa a vida toda procurando, roteirizando, fazendo filmes e trilhas sonoras mentais, idealizando a chegada do príncipe, seja a cavalo ou carro importado, desde que mude fantasticamente a vida dela e faça brotar sorrisos ao invés de lágrimas. Por isso o sexo feminino sofre demais, as mulheres têm um grau superlativo intrínseco em tudo que fazem. Vivem, amam, choram e esperam mais...
Em contrapartida, amadurecem primeiro, sobrevivem mais fortes, seguem firmes pelo caminho até o dia em que aprendem que contos de fadas não são reais, assim como não são os príncipes, sapatos de cristal e similares.
Depois dessa incrível descoberta aprendem a viver no mundo real em que até sapos estão em extinção, pois estes numa outra realidade podem até se transformar em príncipes, mas os pseudo príncipes da vida real, em que se transformarão?
Natascha Damasceno
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